
Meu Deus, será
que Jim Jarmusch resolveu finalmente fazer jus aos seus cabelos eternamente
brancos e se tornou um velhinho ranzinza? Não que filme seja chato ou
antiquado, longe disso. Aos 60 anos, o diretor se mantém absurdamente cool, hip, entre outros adjetivos semelhantes. É que, mais do que uma
“estória de vampiros”, este é um filme profundamente nostálgico, saudoso. E que
forma melhor de tratar de nostalgia do que através de vampiros, esses seres
soturnos, melancólicos, que tratam o passado com reverência e saudosismo e o
futuro com desdém e desesperança?
Esta nostalgia,
tão preciosa ao filme, é tratada de diversas formas. Em primeiro lugar, ela
está na forma do casal de vampiros de se referir ao presente, sempre como uma
época [...]