
*de César Castanha, do blog Milos Morpha
Se é verdade
que cada país, etnia ou cultura tem o seu mito de fundação, uma lenda que
justifique a miscigenação e os povos constituintes do discurso nacional, pode
ser também verdade que no século XX procurou-se a expressão cinematográfica
desse mito. Ora, em alguns casos vê-se bastante claro: a obra-prima Os Nibelungos (Fritz Lang, 1924) utiliza-se
de cinco horas dos mais espetaculares recursos estéticos e narrativos do cinema
mudo para traduzir às telas o poema que explica os germânicos como povo, e os
americanos têm lá sua cota cinematográfica de peregrinos à conquista do Oeste.
Trago exemplos
do momento inicial do cinema para ter a licença de supor que, pela lógica, a
Itália entraria [...]