8 de maio de 2014

E Deus Criou A Mulher (Roger Vadim, 1956)

A fascinação da câmera do diretor Roger Vadim pela beleza do corpo de sua jovem mulher é evidente e decididamente fetichista em vários momentos, como se ele tivesse prazer em filmá-la ou quisesse mostrá-la como uma criação divina de fato (em alusão ao título), mas a Juliette de Brigitte Bardot supera os fetichismos fragmentados e essencialmente recatados (pelo menos se vistos pela ótica atual) de sua época, mostrando-se praticamente de corpo inteira e reclamando a posse desse corpo para si. Nua como Eva desde os primeiros planos do filme, ela ajuda a criar uma nova forma de se ver e pensar a sexualidade feminina, com uma personagem que deixa de lado o sentimento de repressão e culpa em relação ao sexo que tem sido historicamente imposto [...]
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